quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Na sombra da árvore



Na sombra da árvore descansei

Percebi que ali poderia ser lugar de refúgio; abrigo contra o sol que teimava em queimar a pele branca

Naqueles breves momentos parei para ver o que normalmente não via: A vida passar!

Vi o movimento dos carros e de pessoas que iam e vinham perdidos em seus pensamentos errantes: Conversas infinitas, alegres e muitas vezes tristes, denunciando assim, relacionamentos conflituosos.

Vi a alegria do menino chegando da escola encantado com o novo mundo, enquanto a mãe procurava desesperada a chave de casa perdida na bolsa.

Daquele lugar vi várias faces da vida; algumas privilegiadas, outras abandonadas à própria sorte e nessa hora, senti saudade de casa. Constatei que não havia segurança naquela sombra: Ela muda de lugar conforme a vontade do sol.

É hora de seguir, ou melhor, é hora de voltar! Voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído: O centro da vontade do Senhor.

Fiquem com Deus

Geo

domingo, 22 de novembro de 2009

Tradução da Música Yesterday When I Was Young

Atendendo a pedidos de queridos amigos, segue tradução da música Yesterday When I Was Young:

Ontem, quando eu era jovem

Ontem, quando eu era jovem
o gosto da vida era doce como a chuva em minha língua.
Eu brincava com a vida como se ela fosse um jogo bobo
assim como a brisa da noite brinca com a chama de uma vela.
OS milhares de sonhos que sonhei, as coisas esplêndidas que planejei
eu sempre construí em areia fraca e mutante.
Eu vivia pela noite e me escondia da luz do dia
e só agora eu vejo como os anos se passaram.
Ontem quando eu era jovem
tantas músicas sedentas por serem cantadas
tantos prazeres caprichosos esperando por mim
e tanta dor que meus olhos confusos recusaram ver.

Eu corri tão rápido que o tempo e a juventude enfim se foram,
eu nunca parei para pensar sobre o significado da vida
e cada conversa que me lembro
falava sempre de mim e de mais nada.

Ontem a lua era azul
e cada dia louco trazia algo novo para fazer.
eu usava minha idade mágica como se fosse uma varinha de condão
e nunca enxerguei o desperdício e o vazio por trás de tudo.
O jogo do amor que eu joguei com arrogância e orgulho
e cada chama que acendi muito rápido, muito rápido se foi.
OS amigos que fiz parecem ter desaparecido de alguma forma
e só eu fiquei no palco para terminar a peça.

Existem tantas músicas em mim que não serão cantadas,
Sinto o gosto amargo das lágrimas em minha língua.
O tempo chegou em que tenho que pagar pelo ontem, quando eu era jovem.


Fiquem com Deus,

Geo

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Yesterday When I Was Young - Eddie Arnold

Ainda na mesma linha nostálgica (Na verdade, é opção de vida.), gosto particularmente desta versão do clássico Yesterday When I Was Young, interpretada por Eddie Arnold - (http://www.youtube.com/watch?v=adJWr9u-wow).

Não vou tratar aqui da música em si, Obra Prima imutável de outras gerações, mas
da falta de sensibilidade da maioria de nossos jovens ao tratarem aquilo que não conhecem, por exemplo essa música, como lixo que nunca deveria ter sido gerado.

É lamentável a limitação cultural dos que se criaram na frente de uma TV hipócrita, viciada e viciante, que despeja diariamente em nosso lares, enlatados enferrujados; réplicas mal acabadas do supra sumo do mau gosto.

Lamentável ouvir seus argumentos onde, a única prejudicada é a língua portuguesa.

Onde erramos? Quem errou? Como isso pode acontecer?

O que vemos hoje são pais que camuflam o seu passado para não "pagarem mico" na frente de seus filhos moderninhos.

A música dita antiga não combina com o som potente do MP25 e não é para combinar mesmo. Ela é para ser ouvida ao som da velha radiola onde, o volume da voz do cantor, não é modificado por agudos produzidos artificialmente.

Bons tempos onde sabíamos que a voz ouvida no vinil do Roy Clark era de fato dele, onde a emoção da Edith Piaf cantando Hynme a l'amour (http://www.youtube.com/watch?v=S-uLWJWi0Mw) podia ser sentida a cada nota musical. Bons tempos!

Qual será a lembrança dessa geração?

Aquilo que é ruim se perde com o tempo. Teremos então um povo sem passado musical, que terá que voltar algumas décadas para enfim compreender que o que seus pais ouviam não eram ruídos melodiosos, mas sim poesia cantada.

Fiquem com Deus.

Geórgia

sábado, 14 de novembro de 2009

Hier encore - Charles Aznavour




Estava ouvindo a música francesa Hier encore do Charles Aznavour(http://www.youtube.com/watch?v=ZpLtJDxed5Q). Não sei o que acontece, mas sempre que a ouço, tenho a sensação de que o tempo está passando mais rápido do que deveria e que, como sempre, deveria ter aproveitado mais. Refiro-me aqui aos planos que não foram cumpridos, os jantares que não foram marcados, o choro que foi contido, o almoço sempre adiado e que no dia marcado, não aconteceu. Falo de um tempo onde às possibilidades são infinitas e nós, os únicos culpados por não fazê-las acontecer.

Quanto tempo perdido com quem não tem importância, quanto tempo dormindo... Dormindo não pela necessidade do corpo, mas por ser a forma mais fácil de não perceber que o tempo está passando. Quanto tempo perdido trabalhando mais do que deveria, convivendo com pessoas que nada tem a acrescentar. Quanto tempo perdido!

O tempo passa tão rápido que não nos damos conta de que, ontem, tínhamos 20 anos.
O que fiz com meus planos?
Quantos sonhos, quantas perspectivas para uma vida inteira.

A música do Charles parou de tocar e a vontade de fazer algo diferente me fez ligar para amigas que não falava há alguns dias. O bom da vida, é que a balzaquiana aqui tem uma nova oportunidade de mudar o cenário que será contemplado quando passar a linha dos quarenta.

Fiquem com Deus

Geo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Amigos




“O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão”. Provérbio 18:24


Ontem estive pensando nesse versículo e consequentemente, na quantidade de pessoas que fazem parte de minha vida. Trabalho, Igreja, Família, Vizinhos, Aula de violão, Curso de Gastronomia, Atividades Secretas (Essa fica a critério do leitor..)..., Pessoas que encontramos à beira do caminho.

Os grupos aqui definidos tem uma característica própria, contudo, todos são interligados por aqueles que chamamos de Amigos. Amigos de verdade que nos acompanha em todas as salas, em todas as rodas, em todas as conversas... Conversas sérias..., conversas jogadas fora. Em cada grupo escolhemos aqueles que de alguma forma se parecem conosco, aqueles que a sua chegada é esperada.

Tenho amigos que dificilmente vejo. Nossa conversa ao telefone se resume em: Alô! E aí? Beleza? Novidades? Ta bom, qualquer coisa ligue. Simples assim! A diferença é que no momento difícil ele está ao lado, e agora, disponível.

Avaliando bem essa questão, chego à conclusão que não existe um grupo favorito, existem sim, pessoas que gostamos de conversar qualquer assunto. E já perceberam o quanto a simples fofoca fica mais emocionante quando contada para um amigo? Porque para ele, damos o nosso melhor... Porque para ele podemos ser quem somos pois mesmo assim, ainda serão nossos amigos.

Fiquem com Deus,

Geo

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dom duvidoso




Uma pergunta fácil de responder: Já perceberam que algumas pessoas têm o dom de não serem bem vindas?

Eu fico impressionada com a capacidade que têm de serem odiadas e repudiadas por 92% das pessoas com quem convivem. Pessoas que falam com orgulho de seu mau humor, que o dia foi um horror, que atropelou o gato da vizinha “sem querer” e que se soubesse que seria daquele jeito nem teriam saído da cama.

Conheço uma pessoa assim: Mal amado, egocêntrico, pedante, invejoso, egoísta, autoritário, pessimista, torturador psicológico, mandão, machista, prepotente, malvado... Hipócrita!

Ele é TÃO INCONVENIENTE que perco parte do meu dia planejando uma forma de não vê-lo, uma forma de me livrar dele.

Outro dia cruzei com a criatura no caminho e como não tive alternativa, parei. Descobri ali que meu cabelo estava assanhado, que minha roupa estava justa, que minha unha estava borrada, que eu estava mais gorda do que eu achava e que o que ele havia me pedido, e que eu ainda não havia concluído, sairia errado porque ele estava pressentindo.

É querido, não é fácil. Pessoas assim não percebem, mas acabarão sozinhas. O pouco que lhes resta de uma convivência com os racionais, acontece por medo e não por respeito ou prazer. Imagino como será sua vida quando o império acabar... Quando o anonimato bater a sua porta como a sombra da morte em busca do ultimo sopro de vida... Imagino, imagino... É melhor não imaginar!

Fiquem com Deus
Geo